DIOGO BERCITO - DE JERUSALÉM
Abdel Fatah al-Sisi, líder militar egípcio, renunciou ontem ao cargo de ministro da Defesa e confirmou sua candidatura para a Presidência.
"Estou abrindo mão de meu uniforme para defender a nação", disse ele em discurso transmitido pela televisão.
Sisi é visto como mentor do golpe militar que depôs o presidente Mohamed Mursi, em julho de 2013.
Ainda não há data para as eleições presidenciais no Egito. Até agora, apenas o político de esquerda Hamdin Sabahi, terceiro colocado no último pleito, anunciou a sua candidatura, além de Sisi.
Quem assumir a Presidência do Egito terá de enfrentar um rol de desafios que incluem a instabilidade política, com crescente número de atentados terroristas, e a economia desestruturada.
Os anos de crise, desde a deposição do ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, afugentaram turistas, afetando um importante setor da economia local.
Sisi afirmou que não poderá "fazer milagres" e que será necessária a cooperação do povo egípcio na tarefa.
Ele promete, caso eleito, construir um "Egito moderno e democrático".
A imagem difere da perseguição política a membros da Irmandade Muçulmana, entidade islâmica que é ligada a Mursi.
Nesta semana, um tribunal sentenciou 529 deles à morte devido a conflitos com as forças de segurança.
Folha, 26.03.2014
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